Servidores e TJ não chegam a acordo e greve será mantida

Servidores e TJ não chegam a acordo e greve será mantida


Os servidores do Poder Judiciário Estadual decidiram manter a greve da categoria por tempo indeterminado, em assembleia realizada na tarde de ontem. Durante a manhã, o presidente do Sindicato dos servidores (Sinjusmat), Rosenval Rodrigues, se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Mariano Travassos, mas não houve acordo.

Entre outras reivindicações, os servidores cobram o pagamento das perdas salariais decorrentes da conversão em Unidade Real de Valor (URV) retroativas a cinco anos antes da implantação do Plano Real; pagamentos de plantões de final de semana e a implantação do Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remuneração (SDCR), aprovado no ano passado, que prevê a progressão de nível de carreira.

 

Na reunião, o presidente do TJ afirmou que não pode autorizar o pagamento das verbas devidas aos servidores, porque está impedido por determinação do Conselho Nacional de Justiça, por conta da correição realizada na Justiça de Mato Grosso. Uma Carta de Ordem da Corregedoria Nacional de Justiça, endereçada ao Tribunal de Justiça, determina a suspensão de pagamentos a magistrados e servidores.

 

O sindicato da categoria vai recorrer ao CNJ para averiguar a extensão dessa Carta de Ordem. "Na segunda-feira vamos enviar ao CNJ, em regime de urgência, uma solicitação de informações, para saber se realmente o Tribunal de Justiça não pode atender as reivindicações dos servidores", disse o presidente do Sinjusmat, Rosenval Rodrigues.

 

De acordo com ele, o posicionamento do Tribunal de Justiça deve fortalecer o movimento grevista. Rosenval informou que todos os cartórios judiciais (escrivanias) dos fóruns de Cuiabá e Várzea Grande estão parados. De acordo com ele, nos fóruns de Cuiabá e Várzea Grande só os gabinetes estão funcionando, porque nesses locais trabalham os funcionários que ocupam cargos de confiança. No interior do Estado, ainda conforme números do Sindicato, onde a adesão era de 95% no início da semana, a tendência é parar 100% dos serviços.



Mariane de Oliveira
Especial para A Gazeta

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