Fiscais combatem som alto no Centro

Fiscais combatem som alto no Centro

Proposta inicial é notificar empresas que abusam do som alto; se o problema persistir, prefeitura ameaça multar e apreender o equipamento


A Prefeitura de Cuiabá iniciou ontem uma campanha de fiscalização do nível de poluição sonora no centro comercial da Capital. Uma equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Smades) percorreu as principais lojas para medir o som mecânico destinado à propaganda que fica instalado na entrada. Os técnicos explicaram que o limite estabelecido pela “lei do silêncio” é fixado entre 55 e 60 Db(a) na área comercial, aferido pelo decibelímetro.

 

Numa loja de calçados, o som apresentava 85 Db(a) e os técnicos notificaram os responsáveis. De imediato, um funcionário diminuiu para 70 Db(a). “É um índice aceitável, levando-se em conta a interferência de outros ruídos”, explicou Ademir Gomes, responsável pela área de fiscalização da poluição sonora.

 

Segundo o secretário adjunto da Smades, Eduardo Figueiredo de Abreu, que acompanhou os trabalhos, inicialmente é feita uma notificação para que a empresa faça a aferição e a adequação para o limite máximo permitido. “Se persistir a irregularidade, o estabelecimento é multado e o som apreendido”, destacou.

 

O secretário acrescentou que num primeiro momento está sendo realizado um trabalho de orientação. Ele disse que conta com a boa vontade dos comerciantes para reduzir a poluição sonora na região central. “Mas os demais pólos comerciais também serão alvo de fiscalização permanente”, frisou.

 

QUALQUER HORA – Abreu lembrou que não existe mais limite de horário para que as pessoas liguem o som em volume máximo. Pela chamada “lei do silêncio”, os limites são por área, independente do horário. Nas áreas residenciais o limite é de 45 Db(a).

 

Na região comercial, este limite é de 55 a 60 Db(a) e em área industrial, um pouco mais – 70 Db(a). “Isso, a qualquer hora do dia. Para se ter idéia do que é a medição, basta dizer que duas pessoas conversando apresentam um índice de 45 Db(a)”, destacou. Para quem vai fazer festa em sua casa, o secretário adjunto orientou as pessoas a se entenderem com os vizinhos, que poderão acionar a Smades reclamando do barulho.

 

No ano passado, foram registradas 1.905 ocorrências de poluição sonora em toda a Capital, uma quantidade considerada recorde. Esse número é menos da metade das chamadas recebidas pelo “Disque Silêncio”.

 

“Por dia, temos uma demanda de 50 reclamações em toda a Capital, mas atendemos 20 que geraram denúncias formais. Isso porque em algumas delas o atendimento exige um certo tempo de deslocamento para a Secretaria”, explicou Gomes.

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