Dentro de cinco anos haverá um tratamento eficaz para a doença de Alzheimer.

Dentro de cinco anos haverá um tratamento eficaz para a doença de Alzheimer.

Afirma o cientista japonês Kiminobu Sugaya


O cientista japonês Kiminobu Sugaya, garante que dentro de cinco anos haverá um tratamento eficaz para a doença de Alzheimer, até agora sem cura, que consiste na perda progressiva da memória e da linguagem e que afecta, em tod o o mundo, cerca de um terço de idosos maiores de 85 anos.

Penso que estamos quase prontos para conseguir a cura contra o Alzheimer em cinco ou seis anos”, disse o cientista japonês, que participou na Conferência Internacional sobre Novas Descobertas do Cérebro no Panamá.

Os cientistas correm contra o tempo para encontrar um tratamento para esta doença neurológica. Há estudos muito avançados que demonstram que aumentando o número de células no cérebro de um paciente é possível deter o Alzheimer, explicou Kiminobu Sugaya, professor de neurociência da Universidade Central da Florida, nos Estados Unidos da América (EUA).

Para isto, seriam necessárias células-tronco, tiradas da etapa pré-natal de uma pessoa, que teriam que ser transplantadas ao paciente caso ele tenha Alzheimer.

 

Boas perspectivas se abrem para as pessoas que sofrem da patologia
Fotografia: Reuters

Com o aumento do número de células no cérebro do paciente é possível deter a doença”, explicou Kiminobu Sugaya, que estuda o problema há quatro décadas.

O objectivo é que as células-tronco se transformem em neurónios saudáveis e substituam os doentes, algo que o cientista japonês disse ter testado com sucesso em ratos.

Penso que dentro de cinco anos haverá remédios no mercado para reverter o Alzheimer”, disse o especialista, acrescentando que eles não só deteriam o avanço da doença, como também poderiam restaurar os danos no cérebro do paciente. “Nenhum dos fármacos que estão disponíveis hoje no mercado são eficazes contra a doença”, acrescentou.

Os medicamentos “são administrados ao paciente para melhorar a sua vida diária, mas nada fazem no cérebro para retardar o avanço da doença”, reforçou a cientista panamenha Gabrielle Britton.  “O maior desafio agora é poder identificar um biomarcador (uma proteína ou um gene) que permita prever se determinada pessoa vai ou não contrair Alzheimer, para lidar com a doença desde cedo”, acrescentou Gabrielle Britton, pesquisadora do Centro de Neurociências do Panamá.

Os especialistas asseguram que a doença tem um componente genético em 10 por cento dos casos e garantem que metade dos maiores de 85 anos no mundo sofrem de algum tipo de demência e a mais comum entre elas é o Alzheimer.

A doença deve o seu nome ao psiquiatra e neurologista alemão Alois Alzheimer (1984-1915), que no começo do século XX identificou os sintomas e a degeneração que causa no cérebro.

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