Grupo de Perri também recebeu verbas indenizatórias

Grupo de Perri também recebeu verbas indenizatórias

Pivô da cisão no judiciário, grupo de Perri também recebeu verbas indenizatórias do TJ; montante chega a R$ 5 mi


Quando o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT) começou a voltar à normalidade após o assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral -- que ganhou repercussão nacional --, dois grupos formados por desembargadores e juízes iniciaram um confronto que se arrasta até hoje, expondo as "vísceras" da instituição e mostrando as fragilidades de seus membros.

O embate começou na gestão passada -- sob a presidência do desembargador Paulo Lessa e o corregedor-geral do TJ, Orlando Perri. Eles se desentenderam com o grupo do ex-presidente, José Ferreira Leite, e do ex-presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM), Horácio da Silva Neto – aparentemente por uma simples questão de poder. No entanto, a briga acabou atingindo uma instituição milenar, a Maçonaria, que foi envolvida no caso do Sicoob Pantanal, investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Orlando Perri, que denunciou o caso, se transformou no pivô da cisão interna do Judiciário Estadual. O que não se sabia, até então, é que ele foi um dos beneficiados com verbas indenizatórias consideradas indevidas -- irregularidade que provocou a investigação no Conselho Nacional de Justiça. 

Conforme revela um relatório com os valores das verbas indenizatórias pagas no biênio 2007/2009, ao qual o VG Notícias teve acesso com exclusividade, o grupo de Orlando Perri recebeu pouco mais de R$ 5,1 milhões nesse período a título de restituição -- considerando o montante recebido por seus familiares, juízes auxiliares e assessores. Só com cinco membros da família Perri, foram gastos R$ 1.474.966,20.

Já o grupo do desembargador Paulo Lessa, então presidente, abocanhou mais que o triplo do valor recebido pela equipe do corregedor, atingindo montante superir a R$ 16,8 milhões. Só com a família Lessa, a verba indenizatória  chegou a quase R$ 3,56 milhões.

Confira abaixo quanto os desembargadores Orlando Perri e Paulo Lessa -- e seus assessores -- receberam de verba indenizatória.


  1. Nome: Cleide
    19/7/2009

    E tudo vai ficar do mesmo, pois segundo a pagina do e, os tecnicos que estava no Tj da equipe do CNJ, os valores a receberem por direito ainda é maior, que usaram um índice para calculo de forma errada. Pergunto, e o nosso, dos simples funcionários mortais que tiveram o salário reduzido. Eles estão certo e nós é que agimos de formal ilegal? É amigo.....